Amor

Voo com os pássaros diáfanos na branqueza do tecto do mundo. Desaguo minhas preces na margem de qualquer rio. Choro com a chuva que empurra-me correnteza abaixo. Abandono a pequenez do rio. Perco-me na imensidão do mar.
Sou amor.
Percorro o mundo do modo que posso. Seguro-me nas algas. Transbordo as fronteiras do mundo. Agarro-me à lua. Rebolo até ao calor de qualquer estrela. Encho o mundo de alegria e o universo de inveja desta nossa fantasia.
Sou fogo.
O mundo ecoa no vazio do Universo. Tantas janelas por onde espreitar, luzes translúcidas convidam-me a entrar. Escarnem de mim, expulsam-me. Fecho a aurora numa escuridão implacável. Regujitam insultos. Odeiam-me…
… São o som do amor..
O sol ao pôr-se
oferece a luz, no abismo,
saltam aqueles que pensam que reluzo!
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