PENSAMENTOS

quinta-feira, dezembro 06, 2007

MUDANÇA


Doí em mim a fragilidade do ser que sou.
Sinto a ânsia de sentir o futuro que ainda não chegou.
Vejo o mundo que será, mas que custa-me ver que já o é.

Sofro com a angustia de ver partir de mim alguns pedaços do que sou.

Foge-me pelas mãos esses bocados que falta fazem.

Partem porém, para construir uma outra parte que sinto, relutantemente, já ser.

Os meus olhos deambulam para o que em redor de mim orbitra; esses, tristes, giram já conformados; os outros indagadores, recordam-me o destino que agora sempre atormentou o meu passado.

A nossa existência tem dois rumos, o que caminha no sentido dos ponteiros do relógio e nada em comum tem com o que gira para o lado oposto, que por ser oposto, nos empurra para o contrário da corrida.

Divago nas horas certas; e absoluta é a certeza que tenho, em todos os segundos, de que este não é o rumo certo...