PENSAMENTOS

segunda-feira, setembro 21, 2009

Sons e elementos


Só, silenciosamente só. Vivo apenas com o ruído ensurdecedor dos meus pensamentos e com a dor dos sentimentos a latejar nas minhas veias. São ruídos dolorosos, ninguém os escuta, são só meus. Vivo uma vida ambivalente, por um lado a ânsia demolidora de amar loucamente, sem medos, nem barreiras, a ânsia de viver intensamente o amor. Por outro lado, a exaustão do medo, a incapacidade de uma entrega total, um peso nos ombros de uma história de vida sofrida.


Só, silenciosamente só. O coração bate irregularmente, cada batida é um movimento violento e desesperado para ser arrancado de dentro de mim. Cada bater assemelha-se a um abanão que fustiga o meu corpo de dor e o meu pensamento de sofrimento. Aos poucos, tanto um como outro, serão pedra e o coração, esse, jamais terá poder!


Só, silenciosamente só. Como o vento, a chuva, o sol destroem os mais poderosos fortes contruídos pelo homem, ou os maiores e mais robustos penhascos criados pela natureza, também a vida vai desmantelando o meu ser com as suas trapaças. São peças de um puzzle que se perdem, perderam e outras que se perderão. Restaram os pedaços mais resistentes, mais duros, mas que mais sofreram.


Só, silenciosamente só, abandonada ao ruídos intrangigentes do meu sofrimento.
Oiçam, duas versões diferentes: