O CICLO DA VIDA

Giro nas costas do mundo. Vivo na ponta da terra, logo ali onde vira-se a bombordo. Navego por ilhas redondas que abrigam marés perdidas das correntes. Por vezes mergulho no oceano e encontro nele a riqueza que enebria todo o ser humano. Volto à superfície na barbatana de uma baleia e nado até às asas de um pelicano.
Voo, voo, voo, encosto-me às montanhas do tibete. Visto-me de frio e de neve e toco com o dedo o tecto do universo.
Rebolo até tocar o solo e evaporo-me dos lagos canadianos. Torno-me núvem e tapo o sol às árvores do mundo. De tristeza chora o vento e caio aos pés de África. Escondo-me nas frinchas de terra e exploro a selva até mergulhar de novo no oceano. Lavo o rosto a um indiano, percorro o ventre de uma bailarina. Deixo-me girar no carrocel da vida e arrefecer nos braços do sol. Sou lágrima, sou planta, sou ar, núvem, oxigénio, sou TUDO!
Voo, voo, voo, encosto-me às montanhas do tibete. Visto-me de frio e de neve e toco com o dedo o tecto do universo.
Rebolo até tocar o solo e evaporo-me dos lagos canadianos. Torno-me núvem e tapo o sol às árvores do mundo. De tristeza chora o vento e caio aos pés de África. Escondo-me nas frinchas de terra e exploro a selva até mergulhar de novo no oceano. Lavo o rosto a um indiano, percorro o ventre de uma bailarina. Deixo-me girar no carrocel da vida e arrefecer nos braços do sol. Sou lágrima, sou planta, sou ar, núvem, oxigénio, sou TUDO!